Coordenador : Verônica Gonçalves Azeredo
Ano: 2023
Edital: UFF/PROEX - Fluxo Contínuo 2023
Protocolo: 396753.2206.83752.13092023
Departamento/Setor: SSC
Área Temática : Educação
Tipo: Projeto
Publico Alvo : Discentes inscritos nas disciplinas de ‘Estágio Supervisionado em Serviço Social’ e vinculados aos equipamentos públicos de proteção social (básica e especializada) e discentes-pesquisadores voluntários do NUFSTEV (Núcleo de Pesquisa Famílias, Sujeitos Sociais e Territórios Vulneráveis- UFF-Campos). O alcance será de um público-estimado de 50 pessoas.
Local de atuação: ESR- Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional através do SSC- Departamento de Serviço Social de Campos
Objetivo
OBJETIVOS Geral (Pesquisa e Extensão) Identificar e problematizar, por meio da aproximação com discentes participantes do referido Curso de Extensão, as principais influências das relações patriarcais de gênero na perspectiva enquanto sujeito individual e em processo de profissionalização (via estágio) e, o modo como tais influências, incidem no trabalho social que realizam com famílias, nos equipementos de proteção social básica e especializada. Específicos a)Extensão 1-Promover por meio de curso de qualificação, diálogos e problematizações entre discentes estagiárias (os) e pesquisadores-voluntários do NUFSTEV- UFF, acerca do modo de ser sujeito e profissional a partir de experiências atravessadas por processos de subjetivação constitutivos das relações estabelecidas com as expressões da Questão Social (na perspectiva de classe, raça/etnia, gênero, sexualidades, religiosidades e geração), mediadas pelo território vivido; 2-Qualificar o debate e a postura/trabalho dos recursos humanos em Serviço Social nos equipamentos de proteção básica e especializada a partir de problematizações sobre relações patriarcais de gênero e seus atravessamentos balizadores de práticas reprodutoras de misoginia, sexismo, racismo, LGBTQIAPNfobia, reforço do conservadorismo, mercantilização e violação de direitos e criminalização dos movimentos e lutas sociais. 3-Refletir sobre práticas discriminatórias e os impactos que causam na vida e no direito dos sujeitos público-alvo da Política de Assistência Social, quando por meio de modelos rígidos de trabalho com famílias, desconsideram a democracia e a liberdade como valores ético-políticos centrais do projeto profissional do Serviço Social. 4-Contribuir, pela via da Universidade Pública (UFF/Campos dos Goytacazes) para o fomento do debate e formação de agentes multiplicadores da temática nos CRAS/CREAS, para promoção da ruptura de posturas/trabalhos com características conservadoras, com pretensão de neutralidade teórico-política e reacionárias (que representam riscos as conquistas históricas no plano da democracia/direitos sociais e da direção social crítica na/da profissão). 5-Promover diálogos reflexivos entre discentes-estagiárias (os) imersos na realidade cotidiana dos espaços socio-ocupacionais da proteção social com discentes-pesquisadores do NUFSTEV investigadores da temática, estendidos a Assistentes Sociais de campo, numa perspectiva de troca de saberes interseccional. 6-Reconhecer o quanto as relações patriarcais cristalizadas no sujeito agente da Política de Assistencia Social influencia na interpretação reprodutora da lógica neoconservadora acerca das condições de vida das famílias habitantes em territórios vulneráveis ante à pobreza e, consequentemente, o quanto isso corrobora para violação de direitos dos sujeitos constitutivos das referidas famílias (público-alvo da PNAS). B) Pesquisa 1-Exercitar o compromisso da universidade pública com a tríade (ensino, pesquisa e extensão) por meio do fomento de investigações, debates e qualificação (anteriormente realizada) com Assistentes Sociais em exercício nos referidos equipamentos e, na proposta que ora se apresenta, com discentes estagiárias (os) e discentes pesquisadores voluntários do NUFSTEV. A proposta é que os mesmo identifiquem e enfrentem posturas/trabalhos de características conservadoras, com pretensão de neutralidade teórico-política e mentalidade reacionária (que representam riscos as conquistas históricas no plano da democracia/direitos sociais e da direção social crítica na/da profissão). 2-Identificar, analisar e expor as dimensões oriundas das relações patriarcais de gênero (na perspectiva de classe, raça/etnia, gênero, sexualidades, geração) mediadas pelo território em uso e por vivências religiosas e o modo como, ao atravessarem as formas de sociabilidades/individualidades de discentes-estagiárias (alunas(os) das disciplinas Estágio Supervisionado em Serviço Social do SSC-UFF), incidem e repercutem no trabalho que realizam com famílias nos equipamentos de proteção (básica ou Especializada) onde estagiam.
Resumo
O projeto consiste na aproximação entre espaços de formação e intervenção profissional. Trata-se de um encontro entre o campo da universidade pública/UFF e a realidade da Política de Assistência via equipamentos de proteção social básica e especializada. A proposta é identificar e a problematizar elementos constitutivos das relações patriarcais de gênero em discentes-estagiárias(os) do Curso de Serviço Social da UFF-Campos, vinculadas (os) aos referidos equipamentos, bem como, em discentes pesquisadores-voluntário do NUFSTEV (Núcleo de Pesquisa Famílias, Sujeitos Sociais e Territórios Vulneráveis). O foco é olhar para esses discentes enquanto sujeitos, cujas trajetórias individuais, atravessadas por relações patriarcais de gênero, refletem nos processos de formação profissional e incidem no trabalho com famílias em suas experiências enquanto estagiárias (os) na Política de Assistência Social. Busca-se cumprir o compromisso da universidade com a tríade Ensino-Pesquisa e Extensão e identificar como os referidos sujeitos compreendem a dinâmica destas relações e respondem às demandas de seu trabalho, mediante seus atravessamentos. Objetiva-se promover encontros autoreflexivos sobre o modo de processamento e incorporação das relações de gênero, de sexualidades, de geracão, articuladas a classe e raça-etnia, mediadas por dimensões territoriais e religiosas que demarcam a subjetividade e atravessam as ações profissionais com famílias. Trata-se de identificar e problematizar comportamentos e práticas discriminatórias e os impactos que causam na vida e no direito dos sujeitos público-alvo da Política de Assistência, quando por meio de modelos rígidos de trabalho com famílias, a democracia e a liberdade são desconsideradas como valores ético-políticos centrais do projeto profissional do Serviço Social.